Difícil encontrar alguém que, pelo menos uma vez, não precisou dos serviços de um motoboy, seja pela comodidade ou para fugir do trânsito, que estressa em muitos casos.
Em épocas em que o celular, e por consequência os aplicativos, viraram a companhia de muita gente, já tem até motoboy sendo chamado de amigo, de tanto que aparece no portão de casa para entregar itens básicos, como remédios e comida.
A profissão motoboy, ou, entregador, como queiram, é a principal fonte de renda da casa de muitos brasileiros.
A pesquisa feita em 2019 pela Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), mostrou que a maioria dos entregadores do nosso país são do sexo masculino (97,4% deles), tem na faixa de 29 anos e passa cerca de quatro horas por dia na rua trabalhando em cima da moto.
Se passa pela sua cabeça fazer parte dessa estatística, a gente ajuda com os primeiros passos.
Para aqueles que pensam em complementar a renda com as entregas, prestando o serviço de motoboy nas horas livres, também tem dicas bacanas.
Motoboy como profissão
Você pode trabalhar como entregador em regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), ou, por conta própria, como Microempreendedor Individual (MEI).
Indiferente de qual seja a sua escolha, as regras e a documentação exigida são as mesmas.
- É preciso ter no mínimo 21 anos
- Ter CNH do tipo “A” por pelo menos dois anos
- Ser aprovado em um curso de 30 horas/aula, com cadastro pelo site do Detran
- Ter certidões de antecedentes criminais negativas em cartório
*A cada dois anos, a certidão de antecedentes criminais precisa ser renovada.
Quero ser motoboy para complementar a renda
Hoje em dia, existem vários aplicativos que aceitam o serviço de entregador de maneira informal, como um complemento de renda.
Neste caso, é preciso fazer o cadastro na plataforma e fornecer os seus dados pessoais para estar apto ao serviço.
Geralmente, são exigidos apenas:
- Foto da Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
- Foto do documento da moto
- Número de CPF
- Dados de sua conta bancária
Pelo Ifood e Uber Eats, que hoje são os aplicativos de entregas mais procurados, é possível trabalhar como motoboy de forma autônoma ou vinculado a um estabelecimento.
Ao se cadastrar, o entregador tem a opção de escolher a cidade onde deseja fazer as entregas e que tipos de entregas deseja realizar, além de consultar débitos e créditos de corridas e acessar o serviço de suporte do aplicativo.
Qual é a melhor moto para as entregas?
Se você optar por trabalhar como motoboy em regime CLT, pode usar a motocicleta da empresa, ou, a própria moto.
Caso escolha comprar uma moto para fazer as entregas, a dica da Janiele Verona, consultora de vendas da Promenac Motos, é optar pela Honda CG 160 Start, que tem preço bom, é econômica, segura e tem baixo custo de manutenção.
“A CG 160 Start tem motor de 160 cilindradas, painel digital, partida elétrica, sistema de freio a tambor e mais o sistema de freio CBS, que distribui de maneira equilibrada a frenagem entre as rodas. Esse último item, na minha opinião, é extremamente importante, pois são eles que garante a segurança durante a pilotagem”, explica Janiele.
Fábio Nunes de Miranda, consultor de vendas da Promenac Motos, diz que, em termos de autonomia, a CG 160 Start se destaca.
Ele conta que clientes, profissionais da área de entregas, relatam que chegam a percorrer até 43 quilômetros por litro de combustível.
Para quem pode investir um pouco mais, Fábio sugere a motocicleta Honda CG 160 Fan.
“A diferença entre elas, é que a CG 160 Fan tem rodas de liga leve e uma carenagem mais robusta na lateral. A manutenção dela é baixíssima e você não tem perda no valor de revenda. A CG Fan deprecia menos do que o valor de mercado, cerca de 13%. Outras motos depreciam entre 28 a 30%, por exemplo”.
A Honda CG 160 Fan foi a motocicleta mais vendida no Brasil no ano de 2018.
Equipamentos
Feita a escolha, é hora de equipar a moto, pensando na sua segurança.
Na profissão de entregador, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) obriga o uso de protetor de motor para as pernas do motociclista (conhecido como “mata-cachorro”), antena “corta-pipas” e baú ou grelha adequados para o conteúdo de transporte.
A vistoria desses equipamentos e da moto deve ser feita semestralmente.
Além disso, conforme as regras do Contran, o motociclista precisa usar colete e capacete (certificados pelo Inmetro) com faixas de segurança refletoras.
É bom ficar bem atento ao exigido pelo Conselho Nacional de Trânsito, porque a falha dos itens de segurança pode resultar em multas de até R$ 191,54, apreensão da moto e a suspensão da CNH do condutor, dependendo da infração cometida.
